quarta-feira, 17 de abril de 2013

Educação na Ditadura Militar

O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.

A educação na ditadura teve duas reformas que foram as reforma universitária e a reformo de primeiro e segundo grau. A de segundo grau determinou a total ficionalização do ensino de segundo grau e a de primeiro grau unificou o ensino primário. Nesse época a liberdade de expresso eram proibidas ate para os estudantes que foram calados pelo decreto 477.




Educação Na Era Vargas e o Manifesto Pioneiro


As propostas pedagógicas no contexto dos anos 1930 no Brasil

Na década de 1930, nossas elites, divididas em grupos ideológicos, produziram reflexões
pedagógicas (e também do ponto de vista político e intelectual).
Tivemos em nosso país, então, o surgimento de quatro grandes conjuntos de idéias
a respeito da educação. Esses quatro projetos são os dos ideários Liberal, católico,
Integralista e Comunista.

O ideário Liberal

Ele foi responsável pela motivação de determinados setores da sociedade no sentido de
buscar na educação possibilidades de ascensão social, por isso, se tornou mais consistente
e agradável a boa parte de nosso povo.
Propostas principais: expansão da rede escolar e pela qualidade do ensino.
Principais representantes na educação: Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço
Filho.
A doutrina do liberalismo tem um caráter econômico e político, calcada na idéia da
liberdade individual. Em sua dimensão econômica, trata-se da defesa da liberdade de
comprar e vender bens, sustentáculo das modernas economias de mercado.

O ideário Liberal na Educação:

O ideário Liberal em Educação caracterizou-se por quatro aspectos: a igualdade de
oportunidades e democratização da sociedade via escola, a noção da escola ativa (voltada
a orientação vocacional), a distribuição hierárquica dos jovens no mercado de trabalho
pela competência, e por fim, a proposta da escola como posto de assistência social.
A Escola deveria “ser a guardiã da democracia” (Anísio Teixeira). Em seu livro de
1957, Educação não é privilégio, defendia que a escola “não podia ficar no seu destino
de perpetuadora da vida social presente, mas teria que transformar-se no instrumento
consciente e inteligente do aperfeiçoamento social. E nesse sentido a Escola deve dirigir a
orientação e a vocação profissional.

O Ideário Católico

Colocou todo o seu prestígio para reverter o quadro de separação formal entre Igreja e
Estado.
A Igreja Católica estreou sua participação no novo regime pós-1930 com uma vitória
bastante comemorada [...], conseguiu do então ministro da Educação Francisco Campos
o Decreto de abril de 1931 que institucionalizou o ensino de religião facultativo na rede
escolar pública.
Tal Decreto provocou a reação de vários intelectuais e, sem dúvida, foi um das maiores
polêmicas pedagógicas desse período.
Para Jônathas Serrano: em artigos para a revista “A Ordem” declarava: “há uma
correspondência entre o ensino laico e o aumento da criminalidade”.

O Ideário Integralista

O MOVIMENTO INTEGRALISTA foi fundado por PLÍNIO SALGADO quando, no
dia 7 DE OUTUBRO de 1932, lançou um MANIFESTO à NAÇÃO, que na sua primeira
afirmação diz: DEUS dirige os destinos dos Povos, e que o HOMEM deve praticar sobre
a terra as virtudes que o elevam e o aperfeiçoam. O homem vale pelo trabalho, pelo
sacrifício em favor da FAMÍLIA, da PÁTRIA e da Sociedade. Estava definida a trilogia
que marcou toda a trajetória do Movimento: DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA. Lançado em
São Paulo, o Manifesto percorreu a Nação brasileira.
Os principais militantes que deram corpo ao movimento integralista brasileiro foram
Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale. Plínio Salgado sistematizou a teoria
do Estado Integral, e criou os uniformes, símbolos, costumes, hábitos e rituais dos
participantes do movimento integralista.

Direção ideológica

Sua finalidade está definida no artigo 2º:
"funcionar como centro de estudos e cultura sociológica e política; desenvolver uma
propaganda de elevação moral e cívica do povo brasileiro; implantar no Brasil o Estado
Integral".
Teoria do estado Integral - Na ordem econômica, o regime da economia dirigida no
sentido do predomínio do social sobre o individual; na ordem moral, a cooperação
espiritual de todas as forças que defendem a idéia de Deus, Pátria e Família; na ordem
intelectual, a participação de todas as forças culturais e artísticas na vida do Estado".

Nacionalismo

Plínio Salgado exaltava o Nacionalismo como forma de se fazer a verdadeira revolução
brasileira, como afirmado em seu livro A Quarta Humanidade. Salgado afirmou que a
exaltação do passado colonial de qual resulta a herança étnica do povo brasileiro (nós
somos um povo que começou a existir desde a morte de todos os preconceitos, quando
as três raças se fundiram) é "verdadeira brasilidade", dado o estado de "abandono" que
Portugal relegou ao Brasil;
Foi nesse abandono que nasceu uma nacionalidade espontânea, que seria corroída pelos
estrangeirismos após a independência, e que o integralismo pretendia resgatar.

O Anti-semitismo

Além de Plínio Salgado, outro grande líder integralista era Gustavo Barroso, escritor
brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras. Barroso era grande defensor
do anti-semitismo e do anti-comunismo. O integralista cearense foi o tradutor, para o
português, de um dos livros chave do anti-semitismo mundial, os Protocolos dos Sábios
de Sião. Os protocolos acusam os judeus de fazerem parte de uma conspiração para
dominar o mundo. Gustavo Barroso talvez tenha sido o integralista brasileiro que mais
se aproximou dos ideais nacional-socialistas no que se refere a perseguição dos judeus.
Barroso porém escreve em suas obras que o seu anti-semitismo não era de cunho racial ou
religioso e se restringia ao campo político.

Orientação vocacional para a hierarquização da sociedade: discriminação e racismo

Os testes vocacionais defendidos por Fernando Azevedo e Lourenço Filho, nas mãos dos
Integralistas, ganharam uma conotação elitista, racista e altamente discriminatória.
Nos textos de Backeuser, que mais tarde, escreveu um Ensaio de biotipologia educacional
buscava casar os métodos individualistas do escolanovismo com a busca de vocações
através da biotipologia racista.

A pedagogia Integralista

O problema da Cultura foi tomado como uma questão fundamental. A Cultura foi
invocada na Cartilha do Integralismo no sentido de proporcionar uma consciência
nacional, sem a qual nada se poderá fazer de duradouro. (p. 65)
A cultura da inteligência e do espírito e não a simples aprendizagem mecânica de letras e
algarismos é que lhe seria necessária para a formação do brasileiro. (p. 65)
A Cartilha colocou que a nação deveria ser definida como uma sociedade solidária
naturalmente estabelecida entre os trabalhadores da inteligência, do braço e do capital;
sendo assim, todos seriam trabalhadores e atuariam em cooperação naturalmente. (p. 66)

O Ideário Comunista

Definição: O que é o Comunismo?
O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais,
políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De
acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc)
deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia
comunista defende a ausência do Estado.
Karl Marx (1818-1883) foi o responsável pela análise econômica e histórica mais
detalhada da evolução das relações econômicas entre as classes sociais.

José Neves (tradutor do livro Educação burguesa e educação proletária)

Neves – através de uma ótica classista alimentada por um determinado tipo de marxismo –
insistiu que o slogan dos escolanovistas: “educação para a vida e pela vida” não poderia se
realizar concretamente na sociedade burguesa, pois a escola burguesa estaria impedida de
proporcionar uma educação capaz de mostrar a vida como ela é.

Será capaz a educação burguesa de fazer com que a criança conheça de perto um sindicato
proletário de luta, as mil peripécias no desenrolar de uma greve de trabalhadores? Poderá
explicar à infância proletária a razão de arrastar a sua vida em cortiços e favelas, apesar de

todos os membros de sua família trabalharem na fábrica e no campo?
Poderá explicar a destruição de riquezas criadas pela força de trabalho, quando os
operários passam fome? Os interesses da classe dominante impõem que a educação
burguesa silencie sobre isso, que a escola se isole da realidade social.


Referencias:
In:______ GIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação brasileira. São Paulo: cortez,
2008.

http://www.historiaemperspectiva.com/2011/11/as-propostas-pedagogicas-no-
contexto.html

Educação na República Velha


O Brasil era governado pelo Imperador Dom Pedro II, que possui o poder absoluto por 49 anos, mais com o tempo o imperador perdeu o apoio de várias classes sociais que o apoiava e com isso houve a falência do estado imperial. A partir desses fatos em 1888 a princesa Isabel (regente do trono) decretou a lei Áurea pondo um fim na escravidão. A princesa pretendia dessa forma resgatar o apoio políticos em especial dos cafeicultores, mas essa atitude foi em vão com isso ela só conseguiu perder o apoio das elites conservadora que ainda à apoiava.
Devido a esses acontecimentos em 15 de novembro de 1889 ocorreu um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca pondo fim ao império e dando inicio a República, que teve como base o modelo político do sistema presidencialista norte-americano.
Contexto histórico de 1889 até 1930. Em 1889 - com o plebiscito institui-se o governo provisório – quem assumiu foi Deodoro da Fonseca, que estabeleceu algumas reformas:
Modificação do código penal; Separação entre estado e igreja; Naturalização dos estrangeiros; Após a constituição de 1891, ficou instituído:

Federação dos estados;
Sistema presidencialista
Casamento civil

Os três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
República da espada - 1889-1894.
Deodoro da Fonseca – militar
Floriano Peixoto – militar... Por isso república da espada...
República do café com leite - 1894-1930.
      
Na antiguidade criou-se uma tipologia com três formas de governo: a monarquia, a aristocracia e a democracia. Os respectivos termos têm a ver com o fasto do poder ser exercido, respectivamente, por um, poucos ou muitos. Mais tarde surgiu em Roma o termo res públicos ou politéio na Grécia. Essa nova tipologia ressaltava as objetivos e os destinatários da política, ou seja, a coisa pública, a gestão daquilo que é do povo, de todos. No mundo moderno principalmente com as revoluções Americanas (1776) e Francesas (1789), a República tornou-se sinônimo de governo representativo. Nas tipologias modernas, República e Monarquia são formas contrapostas. Na Monarquia o poder é supremo é ocupado por uma única pessoa de hereditária; na República, o mandatário supremo é eleito pelo povo, de forma direta e indireta.
Primeira República ou República Velha foi proclamada pelo general Deodoro da Fonseca, em 15 de novembro de 1889.
Surgimento da República
Ocorreu por causa de um movimento militar que teve apoio de setores sociais que lidava com a economia cafeeira e que estavam descontentes com a política econômica do Imperador. A república não foi uma conquista gerada por grandes movimentos do nosso povo, mas esses movimentos contribuíram com o desaparecimento do poder moderador do imperador.
A educação da primeira república sofreu influência do positivismo (entendimento dominando do homem e das coisas em geral) e ocorreu nessa época também a reforma de Benjamim Constant, ele reformou a educação com ensino voltado aos leigos com o principio orientadores a liberdade tendo a gratuidade da escola primária, tinha como principal objetivo formar alunos para o ensino superior, essa reforma foi muito criticada pelo positivismo, devido a diferenças de pensamentos sendo que Benjamim defendia as matérias científicas tradicionais com o ensino voltado a enciclopédia, Comte defendia a predominância literária (é necessário ressaltar que neste período 1990, o índice de analfabetismo era de 75%).
O período de fim do império e início da República houve uma relativa urbanização no nosso país, e os grupos que estiveram junto com os militares na idealização e construção do novo regime vieram de setores sociais urbanos que privilegiavam, de certo modo, as carreiras de trabalho mais dependentes da posse de certa escolarização, as carreiras menos afeitas ao trabalho braçal. Associado a isso e ao clima de inovação política, surgiu então à motivação para que nossos intelectuais – de tosos os níveis e projeções – viessem a discutir a necessidade de abertura de escolas.
Surgimento da escola
O fim do Império e inicio da República foi à urbanização do nosso país, e com isso teve uma grande necessidade no surgimento de escolas.
Durante a Primeira República, existiram dois movimentos o “entusiasmo pela educação” e o “otimismo pedagógico”.

Após a exclusão dos Jesuítas, as poucas escolas públicas existentes nas cidades eram frequentadas pelos filhos das famílias de classe média, os da classe alta, estudavam em alguns poucos colégios particulares, religiosos, funcionavam em regime de internato ou semi-internato.

A escola profissional apagara a marca de escravidão e seria da esfera estadual propondo ações que tentam convencer as autoridades da escola profissional para os pobres. O entusiasmo pela educação como um processo de aprendizado resultaria num amplo processo de formação e diminuiria a distância entre o povo e a elite.

Otimismo pedagógico foi o ciclo de reformas estaduais da educação nos anos 1920, não existia ainda ministério da educação as mudanças nessa época se devem a jovens intelectuais que foram a várias capitais do país procuravam dar consistência à educação estadual.

Com o fim do império e inicio da república houve uma urbanização do nosso país, os militares estiveram em grupos na idealização na construção do novo regime vieram de setores sociais urbanos, que privilegiavam de modo as carreiras de trabalho mais dependentes da posse de certa escolarização, as carreiras menos afeitas.

Referencias Bibliográficas
 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.
MENDES, Durmerval Trigueiro. Filosofia da educação brasileira. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
RIBEIRO, Maria Luísa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. 13. ed. São Paulo: Autores Associados, 1993.
ROMANELLI, Otaíza. História da educação no Brasil. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1992.

Educação no Império Brasileiro



O Brasil tornou-se independente de Portugal em 1822, porém a forma de governo continuou sendo a mesma, a Monarquia. Neste período conhecido como império o catolicismo continua a ser a religião oficial do Brasil, entretanto a Igreja estaria neste período submissa ao Estado.No periodo do imperio o estado e a igreja eram unidadas o que facilitou a influencia da igreja sobre a educacao na Brasil fomentando assim uma sólida base religiosa em favor da educação moral.
Atraves desses privilegios a primeira escola que surgia na epoca foi o Colégio Dom Pedro II no Rio de janeiro, e a partir deste momento começa a expansão de novas escolas religiosas. Os assuntos da Igreja Católica mantinham interferência do monarca e os líderes religiosos prestavam obediência ao rei, as demais religiões eram proibidas. Durante o período imperial surgiram as chamadas escolas imperiais e uma incipiente rede de escolas públicas para atender os filhos da elite brasileira. A educação era um privilegio de poucos, o índice de analfabetismo era alto.Alguns anos mais tarde, por uma série de fatores favoráveis ao Brasil, o país recebe um grande contingente de imigrantes, que na grande maioria não eram católicos ,esses imigrantes foram apoiados pelo próprio império que tinham iteresse no desenvolvimento economico e social do país.
O sistema de ensino passou a ser unificado e centralizado, permitindo que o aluno aprenda o mesmo conteúdo em qualquer lugar do Brasil, tais conteúdos seriam transmitidos por um professor que estaria sob tutela do Estado e não mais da Igreja. Assim o Estado passa efetivamente a cuidar dos assuntos educacionais, em decorrencia da separacao com a igreja, permitindo ainda que a educação seja de fato efetivada e não mais o velho modelo catequético.



Referências:




Século XVIII - Das Luzes: o Ideal Liberal de Educação



O século XVIII, ou século das luzes, caracterizou-se por grande fermentação intelectual, por conta da fértil produção dos pensamentos iluministas. Na educação, fortalecia-se a tendência liberal e laica, emque se buscavam novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando.
O Iluminismo é uma das marcas importantes do século XVIII, também conhecido como o século das Luzes. Luzes significam o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo.
As ideias liberais de Locke espalharam-se pela Europa e também pelo Novo Mundo, onde ocorreram movimentos de emancipação, alguns bem-sucedidos, como a Independência dos Estados Unidos (1776),
O grande acontecimento europeu foi a Revolução Francesa (1789), que depôs o Bourbon. Contra os privilégios hereditários da nobreza, os burgueses defendiam os princípios de ‘’ igualdade, liberdade e fraternidade’’.
O otimismo com respeito à razão já era anunciado desde o Renascimento, quando a nova concepção de ser humano valorizava os poderes do indivíduo contra o teocentrismo medieval e o princípio da autoridade. A partir daí, no Século das Luzes o indivíduo se descobre confiante, como artífice do futuro, e não mais se contenta em contemplar a harmonia da natureza, mas quer conhecê-la para dominá-la.
No contexto histórico do Iluminismo, não fazia mais sentido atrelar a educação á religião, como nas escolas confessionais, nem aos interesses de uma classe, como queria a aristocracia. A escola deveria ser leiga (não religiosa) e livre (independente de privilégios de classe). Esses pressupostos sugerem a defesa de algumas ideias, nem sempre postas em práticas, como: educação ao encargo do Estado; Obrigatoriedade e gratuidade do ensino elementar; nacionalismo, isto é, recusa do universalismo jesuítico; ênfase nas línguas vernáculas, em detrimento do latim; orientação prática, voltada para as ciências, técnicas e ofícios, não mais privilegiando o estudo exclusivamente humanístico.
Em consonância com as aspirações iluministas, o marquês de Condorcet, eleito deputado da assembleia legislativa francesa após a Revolução, defendia os ideais da educação popular.
Era crítica a situação do ensino na Europa. Além das queixas quanto ao conteúdo, excessivamente literário e pouco científico, as escolas eram insuficientes e os mestres sem qualificação, adequada. Mal pagos, geralmente não tinham profissão enquanto não arrumavam outra melhor. Com formação as classes nem ensinar grande coisa e ainda abusavam da prática de castigos corporais.
Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevaleceu o dualismo escolar, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia. Essa dualidade era aceita com tranquilidade, sem o temor de ferir o preceito de igualdade, tão caro aos ideais revolucionários. Afinal, para a doutrina liberal, se o talento e a capacidade não são igualmente repartidos entre os indivíduos, por consequências, é natural que estes últimos não sejam iguais em riqueza e oportunidades.
O estado demonstrava mais interesse pelo ensino médio porque via com desconfiança a iniciativa do ensino particular, cujos programas reviviam o formalismo os antigos colégios jesuítas. Por se descuidar da instrução primaria gratuita e popular aos poucos esse segmento foi retomado pelo clero.
Reformas da Alemanha
Na Alemanha, Basedow (1723-1790), iniciou o importante movimento pedagógico conhecido como filantropismo, no qual muitas ideias iluministas foram postas em prática. Para Basedow, a educação tem por fim dar condições para o indivíduo ser feliz, por isso a aprendizagem deve ser prática e agradável e estimular a atividade racional e a intuição, mais do que a memória.
Portugal e a reforma pombalina
Na primeira metade do século XVIII ainda continuava a influência dos jesuítas, com seus colégios espalhados pelo mundo, embora as críticas a elas se tornassem mais fortes.
Em Portugal, o grande gestor da introdução das ideias iluministas foi o marquês de pombal, que agiu com rigor na reforma do ensino.
Pombal instituiu as aulas régias (régias porque pertenciam ao rei, ao Estado e não à Igreja). Começou estruturando os chamados Estudos Menores, que correspondiam ao ensino fundamental e médio (primeiras letras e ensino de humanidades). Em 1772 foi iniciada a segunda fase, com a Reforma dos Estudos Maiores, quando se reestruturou a Universidade de Coimbra.
Embora a escola fosse leiga na sua administração, continuava obrigatório o ensino da religião católica e havia severo controle da Inquisição sobre a bibliografia utilizada, rejeitando-se os ‘’abomináveis princípios franceses’’, sobretudo as ideias republicanas que solapavam o Antigo Regime e, contra a fé tradicional, a religião natural. É preciso não esquecer que o despotismo esclarecido queria modernizar o país, mas preservar a monarquia absolutista e a religiosidade.
Um dos aspectos marcantes do Iluminismo, período muito rico em reflexos pedagógicos, foi à política educacional focada no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado.
Agruparemos as contribuições predominantemente teóricas da pedagogia da Ilustração em três tendências fundamentais: os enciclopedistas, o naturalismo de Rousseau e a pedagogia idealista de Kant.
No espírito do Iluminismo, os filósofos franceses Diderot, D’Alembert, Voltaire, Rousseau e Helvetius não eram propriamente educadores, mas encaravam o ensino como veículo importante das luzes da razão e no combate às superstições e ao obscurantismo religioso. O ideal liberal, mas voltado para os interesses da alta burguesia, temerosa de que a educação das massas provocasse o desequilíbrio na ordem que então se estabelecia.
A pedagogia de Rousseau
Rousseau ocupa lugar de destaque na filosofia política- suas obras antecipam o ideário da Revolução Francesa-, além de produzir uma teoria da educação que não ficou restrita apenas ao Século XVIII: seu pensamento constitui um marco na pedagogia contemporânea.
A concepção política de Rousseau
Rousseau criticou o absolutismo e elaborou os fundamentos da doutrina liberal. No entanto não se separa de sua concepção política, que é mais democrático do que a teoria daquele filósofo inglês. Essa concepção foi menos elitista que a de Locke, por conta da diferente noção de soberania. Para ele, o cidadão não escolhe representante a quem delegar o poder – como defendiam Locke e a tradição liberal-, porque para ele só o povo é soberano. Rousseau critica o regime representativo e defende a democracia direta, pois toda lei não ratificada pelo povo é nula. Segundo sua teoria a vontade geral não se confunde com a vontade da maioria, como o senso comum poderia pensar, porque as decisões não resultam da somatória das vontades individuais, mas expressam o interesse de todos, como participantes da comunidade.
Rousseau não dava muito valor ao conhecimento transmitido e queria que a criança aprendesse a pensar, não como um processo que vem de fora para dentro, ao contrário, como desenvolvimento interno e natural.
Para Kant, no entanto, a razão não é capaz de conhecer as realidades que não se oferecem à nossa experiência sensível, tais como Deus, a imortalidade da alma, a liberdade e a infinitude do Universo. Podemos então perceber os pressupostos da filosofia Kantiana e sua concepção pedagógica. Cabe à educação, ao desenvolver a faculdade da razão, formar o caráter moral: ‘ O homem só pode tornar-se homem pela educação, e ele é tão somente o que a educação fez dele. Kant representa mais uma vez o Iluminismo, ao buscar os fundamentos de uma educação laica, própria do pensamento burguês.
Referencias:
Aranha, Maria Lúcia de Arruda – História da Educação e da Pedagogia: geral e Brasil/ Maria Lúcia de Arruda Aranha – 3. Ed. –rev. e ampl. – São Paulo: Moderna 2006.
http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/iluminismo.htm

Idade Moderna - Século XVII



Conhecido como século do método é também como século do “saber ativo” que fez aliança entre a ciência e sua aplicação prática.
Nesse século ainda persistia as contradições do processo feudal e da ascensão da burguesia, como consequência desenvolvimento do capitalismo. Intensificando o comércio, a colonização assumia características empresarias. O crescimento das manufaturas alterou as formas de trabalho.
Com a criação de companhias de comércio, os sistemas de exploração colonial, as definições dos monopólios comerciais faziam parte das preocupações desses reis, que estabeleciam um conjunto de práticas e politicas econômicas conhecidas como mercantilismo.
Na educação, os Jesuítas ministravam um ensino conservador, tradicional e, além disso, organizados e competentes. Desejosos de promover a reforma moral e espiritual na Igreja Católica julgavam que a finalidade da educação era impedir o desenvolvimento da natureza corruptível, por isso o número de alunos na sala de aula deveria ser pequeno. A aplicavam o método fonético na aprendizagem da leitura ensinando somente conhecer as letras pela pronúncia.
Educação Pública, no século XVII ainda persistia a tendência em oposição ao ensino dos Jesuítas, tradicionalmente centrado no nível secundário e mais elitista.
O Realismo na Pedagogia influenciavam os pedagogos cada vez mais interessados pelo método e pelo realismo em educação, a fim de tornar a educação mais agradável e prática e eficaz, em alguns casos até universal, estendida a todos.
A formação da mulher não era prioridade. Apenas desempenhar o papel de mulher do lar e mães e a educação religiosa.


terça-feira, 9 de abril de 2013

A Educação da Idade Moderna - Século XVI




                          A Educação na Idade Moderna. 


O Reaquecimento das atividades comerciais e o Renascimento marcaram esse Período onde o individualismo enfreantamento tornam-se práticas vigentes do pensamento moderno. A hegemonia da Igreja Católica  foi abalado pelos movimentos Reformistas e a econimia deixou de ser prática envolvendo curtas distância. 
A idade Moderna ou Renascimento veio obtemperar a esse dogmatismo conceituando o anttropocentrismo racionalismo, individualismo e universo heliocêntrico. Toda via, é impraticavél delinear o renascimento e restringindo aos séculos XV e XVI, sem aludir ou poderar os fenômenos e movimentos que antecederam.
Nesta grafia a reforma protestante e a contra-reforma católica retubaram na educação durante o renascimento, os progressos educacionais impetrados pelo reinado de Carlos Magno e a reforma protestante. Expor o Catolicismo para sua hegemonia política-religiosa das decorrencias dessa Reforma o protestantismo geraria um acesso a população à educação, incluindo uns curriculos disciplinares humanista, defendendo que a mesma é uma encubência do estado, o catolicismo criou uma ordem dos Jesuítas para se contrapor a reforma, os Jesuitas entre outras missões deveriam atuar na àrea de educação.

“Para Marx a história não é nem unilinear nem evolutiva; e muito menos cronológica. Fundamentalmente, a historicidade do capitalismo é dada pelo caráter essencialmente antagônico das suas categorias. Por isso é que há ocasiões em que a história parece precipitar-se, num ritmo que sobrepassa o andamento cronológico e em direções radicalmente novas. Ocorre que, de fato, ela se acelera, conforme se agudizam e explicitam as contradições de classes. Reciprocamente, há ocasiões em que a história parece adquirir outro andamento, mais lento. Isto também está relacionado ao caráter, à extensão e à profundidade das contradições de classes. Em outro nível, em nível estético, pode-se dizer que nas análises de Marx há tempos dramáticos e tempos épicos” (Ianni, 1985: 35 e 40).''



Resultado da Renascença, no século XVI surge a reforma religiosa, e como resultado, uma educação cristã reformada, tanto católica, como protestante. A educação católica pós renascença, foi marcada por um movimento conhecido por Contra Reforma. A Companhia de Jesus, organização criada por Inácio de Loyola, foi a mais poderosa arma contra os protestantes. As ordens religiosas, das quais se destaca a dos jesuítas, foram as responsáveis por disseminar o cristianismo por meio da educação durante séculos. O Ratio Studiorum era o “currículo” dos jesuítas, que ministravam uma educação inspirada nas escolas humanistas.



http://www.infoescola.com/pedagogia/historia-da-educacao/